segunda-feira, 4 de maio de 2009

Há um motivo para não gostar

Pensei em um post pequeno. O escrevi. Mas não adiantou nada, pois tenho muito o que dizer e ninguém (aqui e agora) para ouvir. Então...


Quando pequena, minha mãe me ensinou a ser educada, não fazer desfeita. Esse fim de semana, escutei uma prima distante dizendo que a mãe ensinou à ela e às irmãs a comerem tudo o que for oferecido, por pior que esteja, com um grande sorriso no rosto. Apesar da distância - física e de parentesco (somos primas de 3º grau) - foi assim também que fui criada.

Nunca me considerei uma pessoa com uma educação que merecesse ser destacada. Pelo contrário, sempre achei que minha boa educação não era suficiente... Porém já ouvi alguns elogios à meus modos. De qualquer forma, tenho certeza que nunca deixaria de cumprimentar uma pessoa por mais insuportável que fosse.

Sei que não é correto, mas eu verdadeiramente desprezo, no meu íntimo, algumas pessoas. São pessoas com as quais tenho contato por necessidade: aquele ser que trabalha na mesma empresa, que estuda na mesma sala, que é amigo do seu melhor amigo e você sempre se pergunta porque essas pessoas estão ali, junto à você. De qualquer forma, por qualquer que seja o motivo, me atento para não demonstrar o meu desprezo e para ser educada e agradável.

Falar "oi" é básico, perguntar "tudo bem?" é hipocrisia social, "dar três beijinhos" é engolir o orgulho e ser socialmente maravilhosa. E eu fui programada (ou criada, se vcoê for o hipócrita social) para ser essa pessoa MA-RA-VI-LHO-SA. Não que eu goste ou concorde, mas é o hábito, a cultura. Ou seja, apesar de não ser congruente com o meu "eu interior, crítico e ríspido", em 99% das vezes eu sou a pessoa que engole o orgulho, esquece todos os contras e cumprimenta, educadamente, o ser insuportável, sempre. No 1% que sobra, eu perco a cabeça, sou grossa e normalmente, me arrependo. Mas isso é outra história.

Dito isso, podemos passar ao que estar me incomodando - não, não é a minha programação super-educada-sempre. São as pessoas que não conseguem, nem ao menos, usar de educação e de gentileza para com as outras. Ok, você não precisa ser o hipócrita social (minha consciência agradece quando eu não o sou), mas respeito, educação e gentileza, são essenciais, né?!?
Passou por uma pessoa, cumprimente. É o mínimo, não precisa sorrir, nem parar para conversar. Apenas diga "olá". Nada de mais, não mata ninguém.

Fingir que pessoas, com as quais você precisa conviver (aqui não importa o motivo, novamente) não existem, é a pior coisa que se pode fazer. Matar socialmente, é suicidar-se socialmente também. Então, um conselho: engula o orgulho, os pré-conceitos, as críticas e todos os contras e apenas seja gentil. Recompensas virão com tempo...