quinta-feira, 3 de junho de 2010

O coração no lugar da razão...


Será que a Mordida de Raiva vai conseguir frear seu coração bagunçado?

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Muitas reflexões, poucas respostas

Passam os dias e os pensamentos continuam a habitar a mesma caixinha. A caixa, rotulada de "Dúvidas", nunca está vazia, mas em alguns períodos fica lotada, transbordando pensamentos tortos e evasivos. Esse é um desses períodos.

Algumas conclusões, anteriores à esse excesso de pensamentos, são bem úteis quando se avalia o conteúdo da caixa. Para se saber, o desenvolvimento social, emocional e espiritual faz grande diferença na vida do ser humano. Pessoas com pouco desenvolvimento desses aspectos não só sofrem no relacionamento interpessoal, mas também na capacidade de compreender tais relações. Normalmente, são pessoas completamente envoltas de racionalidade, não demostando capacidades de entender e lidar com situações que envolvam sentimentos ou qualquer outra coisa que não possua explicação lógica. Não achar explicações racionais é frustrante.

Voltando aos pensamentos que lotam a caixinha... Eles não podem ser explicados racionalmente. simplesmente não podem! São pensamentos sobre relações sociais, que, no geral, envolvem sentimentos, emoções e crenças. E, por não serem racionais, eu não tenho competências suficentes para colocá-los aqui, de forma a permitir uma leitura efetiva e não confusa...

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Amigos e suas classificações

Há algum tempo venho pensando, incansavelmente, sobre amizade. Ela acontece de formas surpreendentes, verdadeiramente inesperadas e, quando percebemos, já faz parte do nosso ser. Sim, do nosso ser, pois é além da rotina ou sentimento. É uma parte de nós, com toda a sua simplicidade. Claro que isso se aplica a amizades verdadeiras, que ninguém se lembra exatamente como começou e que todos sabem que resistirá a distâncias, desavenças e, quiçá, a morte.

Muitas vezes só reconhecemos a importância de uma amizade quando ela é posta a prova. Com o tempo fui aprendendo a identificar boas amizades e perceber as amizades eternas. É claro que às vezes eu erro, mas no geral, tenho mais acertos. Um indício de uma boa amizade é a conversa: evita julgamentos precipitados e permite, cada vez mais, que as partes se conheçam. Conversas triviais você pode ter com qualquer desconhecido, conversas sérias só com amigos, agora conversas pessoais e profundas são reservadas aos bons amigos, assim como as conversas em tempos de guerra são apenas para os amigos eternos. Quando, num momento de desconforto para com você a outra parte ainda busca a conversa é, quase sempre, sinônimo de um relacionamento para toda a vida.

Outro aspecto importante é a capacidade de fagocitar. Isso mesmo! Ter visões diversas em uma amizade é algo engrandecedor, mas, em alguns casos, é preciso saber que a discussão não vai dar em nada e, simplesmente, engolir o assunto ou deixá-lo, permanentemente, de lado. Não se trata de ser negligente, apenas de saber que nem todos são iguais ou pensam da mesma maneira e que você amar alguém mesmo que suas posições sobre algo muito importante seja completamente oposta. É preciso ver além das oposições, pois o horizonte é sempre mais bonito.

Todas essas reflexões pairam sobre meus pensamentos, me lembrando dois casos que vivi: um recente e outro mais antigo, mas que ainda me perturba bastante. O primeiro, um engano no meu julgamento, é bem simples. Alguém que eu julgava uma boa amiga, de repente – de repente mesmo! – utilizou de grosseria e palavras cortantes para comigo. Nesse momento, tive a preocupação de tentar descobrir se algo drástico havia acontecido nas últimas 4h, depois do nosso último telefone amigável. Como nada apontava para isso e a pessoa em questão não mais me procurou, tive certeza de que não eu havia tido uma amiga...

O segundo caso, vocês já desconfiam, não é tão simples assim. Ele aconteceu há mais de um ano, com uma pessoa que tenho certeza, até hoje, que é uma amiga eterna – espero não ter me enganado mais uma vez! Depois de anos de convivência plena e sem segredos, filtros ou frescuras, optei, novamente, por uma conversa franca. Infelizmente, o momento e a forma foram pessimamente escolhidos e minha amiga magoou-se mais do que o esperado. Por conhecê-la há tanto tempo, sabia que ela precisava de espaço. Dei-lhe e ainda dou esse espaço, por mais que sua ausência me doa. Pode ser uma esperança vã, mas ainda espero, algum dia, ver seu nome na minha caixa de entrada novamente ou, melhor ainda, vê-lo na tela do celular. Talvez, ainda, quem sabe, ela me inclua novamente em sua lista de contatos do MSN e possamos ter uma longa conversa virtual... – Já diz o famoso ditado que a esperança é a última que morre.

Além de ser um desabafo de idéias, espero que este texto seja também um aceitável pedido de desculpas à essa grande amiga e uma declaração aberta de carinho para todos os outros amigos, com os quais compartilho (e já compartilhei e ainda irei compartilhar) momentos tão especiais.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Reflexões

Algumas coisas são nos dadas de graça, sem ao menos precisarmos pedir. Poucas vezes na minha vida recebi dádivas dessa forma. Mas, há pouco tempo recebi uma preciosa. Aparentemente, você (e eu) diria que se tratava de um problema, mas na verdade foi o caminho para muitas soluções.

Algumas coisas machucam, principalmente as que são ditas - ou feitas - com sinceridade. Outras coisas apenas servem para que possamos perceber a realidade e sair do estado de topor que nos espera entre uma ventania e outra. O que importa mesmo é estarmos abertos à essas experiências que podem ser dilacerantes ou reconstruturas - a escolha depende de você.

Como tendo a ser impaciente com aqueles que se fecham, procuro me esforçar ao máximo para ver além da superfície e aproveitar o que as entrelinhas guardam tão bem. Pequenos gestos ou falas desconexas me transportam para uma realidade quase paralela de análise e crítica sem fim. Início a construção de uma lógica pelo que é escondido, acobertado. Preciso encaixar perfeitamente todas as conexões e concluir, com plena certeza, alguma coisa. Só assim consigo seguir em frente.

É isso que venho tentando fazer nessas últimas semanas: construir conexões que permitam que meus pensamentos encontrem seu destino final e conclusivo. Nem sempre gosto desse caminho traçado ou do "pote" no fim da caminhada, mas, sempre vale a pena olhar para trás e ver o que foi descoberto em cada desvio feito, em cada volta para superar os obstáculos.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Post sem sentido

Na ânsia de organizar tudo, estou eliminando os rascunhos do e-mail. As linhas abaixo são datadas de (a data foi apagada).... Não são poéticos, nem emocionantes, mas para não falar que os descartei simplesmente, vou deixá-los aqui:

Algumas vez é bom relembrar

O que já vivi e o que sonhei viver.

Pensar no que podia ter sido e perceber

Que o melhor é agora, como está.


Saber que o futuro depende de nossas escolhas

Faz tudo parecer maior

O medo de errar, nos leva ao sofrimento

Escolher é tão simples

Apenas optar por um e descartar os outros


Agora, fico aqui pensando sobre as escolhas que me trouxeram até aqui. Pelo menos, a escolha que me faz sofrer um pouco hoje. Escolha que eu já sabia ser errada antes mesmo de "marcar o X", escolha que todos sabiam ser a errada... Mas a minha teimosia, mais uma vez, venceu e me trouxe até a atual situação...

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Valor

O conceito de valor tem sido investigado e conceituado em diferentes áreas do conhecimento. A abordagem filosófica descreve-o como nem totalmente subjetivo, nem totalmente objetivo, mas como algo determinado pela interação entre o sujeito e o objeto. (Da Wikipédia)



Conversas com amigos são sempre muito proveitosas... Semanas atrás a conversa foi sobre valorização nos relacionamentos. Para ser bem específica, falamos sobre como homens e mulheres valorizam as falas e atitudes de forma diferente.

Para começar, a mulher nunca ouve apenas aquilo que o homem está dizendo. Se ela gosta do cara e ele pergunta: "Tudo bem com você?", a mulher entende: "Ei querida! Estou muito preocupado com você..." e deduz - mulheres adoram deduzir, apesar de serem péssimas nesse quesito - que o cara gosta dela, mas está com vergonha de dizer.

Não sou eu que estou dizendo, mas é fato que homens e mulheres falam línguas diferentes. A mulher valoriza cada "e" de uma frase, enquanto os homens nem se lembram do tom usado "Naquela" (com letra maíscula, a grande amiga das mulheres na hora de briga. Homens não sabem ser diretos - só quando eles saem ganhando com isso - e mulheres exageram tudo o que é dito. Resultado: o cara fala: "Você é linda, quer passar a noite lá em casa?" a mulher entende isso como um pedido de casamento. E tudo o que ele queria é dormir com ela.

Se os homens fossem mais diretos, as mulheres sofreriam com maior frequência, porém com menor intensidade. Se as mulheres entendessem o que é dito nas entrelinhas, os homens poderiam ser mais gentis.... Mas, desde que o mundo é mundo, homens e mulheres, de um jeito ou de outro, conseguem achar o equilíbrio nessa relação. O grande problema é que para conseguir se equilibrar na corda bamba sem dificuldade, é preciso anos de treinamento, de quedas e de decepções.


Para finalizar, quero deixar claro que, apesar do que muitos consideram um tom machista desse texto, sou completamente contra essa ideologia....

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Cai o diploma, sobem as ignorâncias

Amplamente divulgada pela mídia, a não obrigatoriedade de diplomas de jornalismo para exercer a profissão, decretada pelo Supremo Tribunal Federal, ânimou as discussões universitárias. Twitter e grupo de discussão "bombaram", cheios de mensagens de revolta e reflexões tolas.

Meu Deus, dizer que a democracia do país será prejudicada por essa decisão é apelar feio! O mercado será mais concorrido, sim, com certeza. Os salários vão cair, não, nem tanto. Os cursos superiores deixarão de existir, não, definitivamente não!!!

O mercado selecionará, naturalmente (alguém se lembra de Darwin?!), os profissionais que irão atuar. O diploma não será mais a base da contratação, que será alicerada em profissionalismo, competência, experiência e todas as outras qualidades que todos dizem ter, mesmo sem saber do que se trata... O diploma será um up, um agregador de valor. Diploma, minha gente, é só um pedaço de papel. Só isso, nada mais! Conhecimento teóricos são importantes em qualquer profissão, mas nenhum diploma pode assegurar a obtenção desses conhecimentos. E quem contesta que tais conhecimentos podem ser adquiridos por experiência prática? A queda do diploma é apenas o início da mudança de mentalidade de uma sociedade que se esforça por um pedaço de papel. Sim, eu espero que as pessoas começem a entender que faculdade não são quatro anos em busca de um diploma, mas, sim, quatro anos de contrução de conhecimento, aprendizagem...

Com relação ao mercado, nada é tão matemático como parece. A maior concorrência do mercado não resultará em menores salários. Existem fatores não qualitativos que influenciam a contratação pelas empresas. De nada vale economizar em salários (e impostos) se o resultado não for satisfátorio. Aqueles que utilizam da imprensa para se informar não estão dispostos a pagar por qualquer tipo de informação. Mesmo que a informação seja gratuita, há o desisteresse e o descrédito por notícias mal escritas, sem embasamento e superficiais. Claro, esse não é o cenário geral da sociedade, mas isso está mudando: as pessoas estão se interessando mais por jornais (vide o sucesso de jornais como Super e Aqui) e, aos poucos, têm apurado suas experiências com os meios de comunicação, o que resultará em exigências construtivas. Os salários serão, como em outros setores de atividade, de acordo com o profissional que se contrata. Atualemente, há o piso salarial, mas todos sabem que acima do piso há variações. Variações que existem pela diversidade de funções que podem ser realizada e, também, pelo valor do profissional.

Todos esses questionamentos poderiam, sim, ser aceitáveis, se não tivessem saido de cabeça que se dizem "formadoras de opinião"... Falsa imagem essa de que universitários de jornalismo, e de comunicação em geral, são pessoas que se informam mais, que leem mais, que possuem análise crítica mais apurada do que os demais. Claro, existem casos que são exatamente assim, mas são exceções. No geral, há apenas o orgulho de ser o que não se é: culto, bem informado e inteligente.

"O mal do mundo é a preguiça mental. As pessoas acham que todo o conhecimento foi encaixotado na TV. É só ligá-la e pronto: fez-se um sábio!" - Ale Girard, via twitter