sexta-feira, 19 de junho de 2009

Cai o diploma, sobem as ignorâncias

Amplamente divulgada pela mídia, a não obrigatoriedade de diplomas de jornalismo para exercer a profissão, decretada pelo Supremo Tribunal Federal, ânimou as discussões universitárias. Twitter e grupo de discussão "bombaram", cheios de mensagens de revolta e reflexões tolas.

Meu Deus, dizer que a democracia do país será prejudicada por essa decisão é apelar feio! O mercado será mais concorrido, sim, com certeza. Os salários vão cair, não, nem tanto. Os cursos superiores deixarão de existir, não, definitivamente não!!!

O mercado selecionará, naturalmente (alguém se lembra de Darwin?!), os profissionais que irão atuar. O diploma não será mais a base da contratação, que será alicerada em profissionalismo, competência, experiência e todas as outras qualidades que todos dizem ter, mesmo sem saber do que se trata... O diploma será um up, um agregador de valor. Diploma, minha gente, é só um pedaço de papel. Só isso, nada mais! Conhecimento teóricos são importantes em qualquer profissão, mas nenhum diploma pode assegurar a obtenção desses conhecimentos. E quem contesta que tais conhecimentos podem ser adquiridos por experiência prática? A queda do diploma é apenas o início da mudança de mentalidade de uma sociedade que se esforça por um pedaço de papel. Sim, eu espero que as pessoas começem a entender que faculdade não são quatro anos em busca de um diploma, mas, sim, quatro anos de contrução de conhecimento, aprendizagem...

Com relação ao mercado, nada é tão matemático como parece. A maior concorrência do mercado não resultará em menores salários. Existem fatores não qualitativos que influenciam a contratação pelas empresas. De nada vale economizar em salários (e impostos) se o resultado não for satisfátorio. Aqueles que utilizam da imprensa para se informar não estão dispostos a pagar por qualquer tipo de informação. Mesmo que a informação seja gratuita, há o desisteresse e o descrédito por notícias mal escritas, sem embasamento e superficiais. Claro, esse não é o cenário geral da sociedade, mas isso está mudando: as pessoas estão se interessando mais por jornais (vide o sucesso de jornais como Super e Aqui) e, aos poucos, têm apurado suas experiências com os meios de comunicação, o que resultará em exigências construtivas. Os salários serão, como em outros setores de atividade, de acordo com o profissional que se contrata. Atualemente, há o piso salarial, mas todos sabem que acima do piso há variações. Variações que existem pela diversidade de funções que podem ser realizada e, também, pelo valor do profissional.

Todos esses questionamentos poderiam, sim, ser aceitáveis, se não tivessem saido de cabeça que se dizem "formadoras de opinião"... Falsa imagem essa de que universitários de jornalismo, e de comunicação em geral, são pessoas que se informam mais, que leem mais, que possuem análise crítica mais apurada do que os demais. Claro, existem casos que são exatamente assim, mas são exceções. No geral, há apenas o orgulho de ser o que não se é: culto, bem informado e inteligente.

"O mal do mundo é a preguiça mental. As pessoas acham que todo o conhecimento foi encaixotado na TV. É só ligá-la e pronto: fez-se um sábio!" - Ale Girard, via twitter

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Bobo alegre não é felicidade

Algumas coisas nos inspiram, algumas coisas nos desnorteiam e outras coisas, nos irritam, nos desnorteiam e nos inspiram (a usar o instito assassino!). Sobre essa terceira categoria que escreverei hoje. Mas, começarei com os meus defeitos, afinal, também sou humana.

Sou impaciente, muito. Principalmente com pessoas burras - explicando o conceito de burro aqui utilizado: aqueles que são capazes de desenvolver determinada atividade, porém não se esforçam para tal, ou seja, alguém que podia ser inteligente e apenas escolhe ser burro. Já achei que minha impaciência fosse me matar, na verdade, sempre achei. Mas a gente cresce (envelhece!) e vai melhorando algumas coisas... Eu, definitivamente, estou melhorando, no gerúndio mesmo! Porém em alguns momentos, não é possível. Outro defeito meu, que se não fosse em exagero seria uma qualidade, é meu alto envolvimento com o trabalho. Vivo para trabalhar e ponto. Antes do ponto: e adoro! Mas, ser uma pessoa assim, viciada em trabalho e responsabilidades, não facilita o convívio, nem mesmo o profissional.

Dito isso, é hora de juntar a minha impaciencia com o meu trabalho... Antes de tudo, deixem-me expressar minha grande satisfação e adoração pelos dois locais onde, atualmente, trabalho. O problema são as pessoas (algumas, só algumas!). Responsabilidade e respeito são valores que aprendi no berço (que na verdade era um cesto!) e, obviamente, acredito que o restante da sociedade também os aprendeu. Porém não é verdade! E isso me corroi rapidamente! Para mim, é extremamente difícil trabalhar com pessoas irresponsaveis - só não digo impossível porque o profissionalismo me obriga a suportá-los. Sobre respeito, acho que não há nada a ser dito: sem ele, nada feito (para tudo na vida, não só trabalho).

Agora, vamos ao caso de tanto transtorno no dia de hoje. À parte ações passadas dessa semana, destacadas apenas por suas más características, tive que conviver com um "excluir" na caixa de entrada do qual sou a responsável. Ok, é só resgatar o e-mail na lixeira (isso já foi feito). O problema é a atitude: realmente, o conteúdo do e-mail - que eu ainda não havia lido e só sabia por comentários - não era de extrema importância e, na minha caixa pessoal, o mesmo e-mail será apagado. Mas isso ainda não justifica apagar o e-mail só porque é do seu colega ao lado e você que "brincar de irritá-lo". E, de forma alguma, justifica realizar uma ação, qualquer que seja ela, em um e-mail que não é o seu. Quer fazer? Pede, porra! Para concluir, só me resta admitir que imaturidade "é mato!".

Ah! Tenho que dizer que nem falei nada sobre o assunto, apenas um: "o que você está fazendo?". Saí da sala, respirei fundo, desabafei e pronto. Só que depois tive que conviver com um twittler feliz desejando "morte aos infelizes" - isso não me atingiu, pois ando bem feliz. Na verdade, era um twittler bobo alegre, querendo aparecer...