quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Reflexões

Algumas coisas são nos dadas de graça, sem ao menos precisarmos pedir. Poucas vezes na minha vida recebi dádivas dessa forma. Mas, há pouco tempo recebi uma preciosa. Aparentemente, você (e eu) diria que se tratava de um problema, mas na verdade foi o caminho para muitas soluções.

Algumas coisas machucam, principalmente as que são ditas - ou feitas - com sinceridade. Outras coisas apenas servem para que possamos perceber a realidade e sair do estado de topor que nos espera entre uma ventania e outra. O que importa mesmo é estarmos abertos à essas experiências que podem ser dilacerantes ou reconstruturas - a escolha depende de você.

Como tendo a ser impaciente com aqueles que se fecham, procuro me esforçar ao máximo para ver além da superfície e aproveitar o que as entrelinhas guardam tão bem. Pequenos gestos ou falas desconexas me transportam para uma realidade quase paralela de análise e crítica sem fim. Início a construção de uma lógica pelo que é escondido, acobertado. Preciso encaixar perfeitamente todas as conexões e concluir, com plena certeza, alguma coisa. Só assim consigo seguir em frente.

É isso que venho tentando fazer nessas últimas semanas: construir conexões que permitam que meus pensamentos encontrem seu destino final e conclusivo. Nem sempre gosto desse caminho traçado ou do "pote" no fim da caminhada, mas, sempre vale a pena olhar para trás e ver o que foi descoberto em cada desvio feito, em cada volta para superar os obstáculos.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Post sem sentido

Na ânsia de organizar tudo, estou eliminando os rascunhos do e-mail. As linhas abaixo são datadas de (a data foi apagada).... Não são poéticos, nem emocionantes, mas para não falar que os descartei simplesmente, vou deixá-los aqui:

Algumas vez é bom relembrar

O que já vivi e o que sonhei viver.

Pensar no que podia ter sido e perceber

Que o melhor é agora, como está.


Saber que o futuro depende de nossas escolhas

Faz tudo parecer maior

O medo de errar, nos leva ao sofrimento

Escolher é tão simples

Apenas optar por um e descartar os outros


Agora, fico aqui pensando sobre as escolhas que me trouxeram até aqui. Pelo menos, a escolha que me faz sofrer um pouco hoje. Escolha que eu já sabia ser errada antes mesmo de "marcar o X", escolha que todos sabiam ser a errada... Mas a minha teimosia, mais uma vez, venceu e me trouxe até a atual situação...

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Valor

O conceito de valor tem sido investigado e conceituado em diferentes áreas do conhecimento. A abordagem filosófica descreve-o como nem totalmente subjetivo, nem totalmente objetivo, mas como algo determinado pela interação entre o sujeito e o objeto. (Da Wikipédia)



Conversas com amigos são sempre muito proveitosas... Semanas atrás a conversa foi sobre valorização nos relacionamentos. Para ser bem específica, falamos sobre como homens e mulheres valorizam as falas e atitudes de forma diferente.

Para começar, a mulher nunca ouve apenas aquilo que o homem está dizendo. Se ela gosta do cara e ele pergunta: "Tudo bem com você?", a mulher entende: "Ei querida! Estou muito preocupado com você..." e deduz - mulheres adoram deduzir, apesar de serem péssimas nesse quesito - que o cara gosta dela, mas está com vergonha de dizer.

Não sou eu que estou dizendo, mas é fato que homens e mulheres falam línguas diferentes. A mulher valoriza cada "e" de uma frase, enquanto os homens nem se lembram do tom usado "Naquela" (com letra maíscula, a grande amiga das mulheres na hora de briga. Homens não sabem ser diretos - só quando eles saem ganhando com isso - e mulheres exageram tudo o que é dito. Resultado: o cara fala: "Você é linda, quer passar a noite lá em casa?" a mulher entende isso como um pedido de casamento. E tudo o que ele queria é dormir com ela.

Se os homens fossem mais diretos, as mulheres sofreriam com maior frequência, porém com menor intensidade. Se as mulheres entendessem o que é dito nas entrelinhas, os homens poderiam ser mais gentis.... Mas, desde que o mundo é mundo, homens e mulheres, de um jeito ou de outro, conseguem achar o equilíbrio nessa relação. O grande problema é que para conseguir se equilibrar na corda bamba sem dificuldade, é preciso anos de treinamento, de quedas e de decepções.


Para finalizar, quero deixar claro que, apesar do que muitos consideram um tom machista desse texto, sou completamente contra essa ideologia....

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Cai o diploma, sobem as ignorâncias

Amplamente divulgada pela mídia, a não obrigatoriedade de diplomas de jornalismo para exercer a profissão, decretada pelo Supremo Tribunal Federal, ânimou as discussões universitárias. Twitter e grupo de discussão "bombaram", cheios de mensagens de revolta e reflexões tolas.

Meu Deus, dizer que a democracia do país será prejudicada por essa decisão é apelar feio! O mercado será mais concorrido, sim, com certeza. Os salários vão cair, não, nem tanto. Os cursos superiores deixarão de existir, não, definitivamente não!!!

O mercado selecionará, naturalmente (alguém se lembra de Darwin?!), os profissionais que irão atuar. O diploma não será mais a base da contratação, que será alicerada em profissionalismo, competência, experiência e todas as outras qualidades que todos dizem ter, mesmo sem saber do que se trata... O diploma será um up, um agregador de valor. Diploma, minha gente, é só um pedaço de papel. Só isso, nada mais! Conhecimento teóricos são importantes em qualquer profissão, mas nenhum diploma pode assegurar a obtenção desses conhecimentos. E quem contesta que tais conhecimentos podem ser adquiridos por experiência prática? A queda do diploma é apenas o início da mudança de mentalidade de uma sociedade que se esforça por um pedaço de papel. Sim, eu espero que as pessoas começem a entender que faculdade não são quatro anos em busca de um diploma, mas, sim, quatro anos de contrução de conhecimento, aprendizagem...

Com relação ao mercado, nada é tão matemático como parece. A maior concorrência do mercado não resultará em menores salários. Existem fatores não qualitativos que influenciam a contratação pelas empresas. De nada vale economizar em salários (e impostos) se o resultado não for satisfátorio. Aqueles que utilizam da imprensa para se informar não estão dispostos a pagar por qualquer tipo de informação. Mesmo que a informação seja gratuita, há o desisteresse e o descrédito por notícias mal escritas, sem embasamento e superficiais. Claro, esse não é o cenário geral da sociedade, mas isso está mudando: as pessoas estão se interessando mais por jornais (vide o sucesso de jornais como Super e Aqui) e, aos poucos, têm apurado suas experiências com os meios de comunicação, o que resultará em exigências construtivas. Os salários serão, como em outros setores de atividade, de acordo com o profissional que se contrata. Atualemente, há o piso salarial, mas todos sabem que acima do piso há variações. Variações que existem pela diversidade de funções que podem ser realizada e, também, pelo valor do profissional.

Todos esses questionamentos poderiam, sim, ser aceitáveis, se não tivessem saido de cabeça que se dizem "formadoras de opinião"... Falsa imagem essa de que universitários de jornalismo, e de comunicação em geral, são pessoas que se informam mais, que leem mais, que possuem análise crítica mais apurada do que os demais. Claro, existem casos que são exatamente assim, mas são exceções. No geral, há apenas o orgulho de ser o que não se é: culto, bem informado e inteligente.

"O mal do mundo é a preguiça mental. As pessoas acham que todo o conhecimento foi encaixotado na TV. É só ligá-la e pronto: fez-se um sábio!" - Ale Girard, via twitter

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Bobo alegre não é felicidade

Algumas coisas nos inspiram, algumas coisas nos desnorteiam e outras coisas, nos irritam, nos desnorteiam e nos inspiram (a usar o instito assassino!). Sobre essa terceira categoria que escreverei hoje. Mas, começarei com os meus defeitos, afinal, também sou humana.

Sou impaciente, muito. Principalmente com pessoas burras - explicando o conceito de burro aqui utilizado: aqueles que são capazes de desenvolver determinada atividade, porém não se esforçam para tal, ou seja, alguém que podia ser inteligente e apenas escolhe ser burro. Já achei que minha impaciência fosse me matar, na verdade, sempre achei. Mas a gente cresce (envelhece!) e vai melhorando algumas coisas... Eu, definitivamente, estou melhorando, no gerúndio mesmo! Porém em alguns momentos, não é possível. Outro defeito meu, que se não fosse em exagero seria uma qualidade, é meu alto envolvimento com o trabalho. Vivo para trabalhar e ponto. Antes do ponto: e adoro! Mas, ser uma pessoa assim, viciada em trabalho e responsabilidades, não facilita o convívio, nem mesmo o profissional.

Dito isso, é hora de juntar a minha impaciencia com o meu trabalho... Antes de tudo, deixem-me expressar minha grande satisfação e adoração pelos dois locais onde, atualmente, trabalho. O problema são as pessoas (algumas, só algumas!). Responsabilidade e respeito são valores que aprendi no berço (que na verdade era um cesto!) e, obviamente, acredito que o restante da sociedade também os aprendeu. Porém não é verdade! E isso me corroi rapidamente! Para mim, é extremamente difícil trabalhar com pessoas irresponsaveis - só não digo impossível porque o profissionalismo me obriga a suportá-los. Sobre respeito, acho que não há nada a ser dito: sem ele, nada feito (para tudo na vida, não só trabalho).

Agora, vamos ao caso de tanto transtorno no dia de hoje. À parte ações passadas dessa semana, destacadas apenas por suas más características, tive que conviver com um "excluir" na caixa de entrada do qual sou a responsável. Ok, é só resgatar o e-mail na lixeira (isso já foi feito). O problema é a atitude: realmente, o conteúdo do e-mail - que eu ainda não havia lido e só sabia por comentários - não era de extrema importância e, na minha caixa pessoal, o mesmo e-mail será apagado. Mas isso ainda não justifica apagar o e-mail só porque é do seu colega ao lado e você que "brincar de irritá-lo". E, de forma alguma, justifica realizar uma ação, qualquer que seja ela, em um e-mail que não é o seu. Quer fazer? Pede, porra! Para concluir, só me resta admitir que imaturidade "é mato!".

Ah! Tenho que dizer que nem falei nada sobre o assunto, apenas um: "o que você está fazendo?". Saí da sala, respirei fundo, desabafei e pronto. Só que depois tive que conviver com um twittler feliz desejando "morte aos infelizes" - isso não me atingiu, pois ando bem feliz. Na verdade, era um twittler bobo alegre, querendo aparecer...

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Há um motivo para não gostar

Pensei em um post pequeno. O escrevi. Mas não adiantou nada, pois tenho muito o que dizer e ninguém (aqui e agora) para ouvir. Então...


Quando pequena, minha mãe me ensinou a ser educada, não fazer desfeita. Esse fim de semana, escutei uma prima distante dizendo que a mãe ensinou à ela e às irmãs a comerem tudo o que for oferecido, por pior que esteja, com um grande sorriso no rosto. Apesar da distância - física e de parentesco (somos primas de 3º grau) - foi assim também que fui criada.

Nunca me considerei uma pessoa com uma educação que merecesse ser destacada. Pelo contrário, sempre achei que minha boa educação não era suficiente... Porém já ouvi alguns elogios à meus modos. De qualquer forma, tenho certeza que nunca deixaria de cumprimentar uma pessoa por mais insuportável que fosse.

Sei que não é correto, mas eu verdadeiramente desprezo, no meu íntimo, algumas pessoas. São pessoas com as quais tenho contato por necessidade: aquele ser que trabalha na mesma empresa, que estuda na mesma sala, que é amigo do seu melhor amigo e você sempre se pergunta porque essas pessoas estão ali, junto à você. De qualquer forma, por qualquer que seja o motivo, me atento para não demonstrar o meu desprezo e para ser educada e agradável.

Falar "oi" é básico, perguntar "tudo bem?" é hipocrisia social, "dar três beijinhos" é engolir o orgulho e ser socialmente maravilhosa. E eu fui programada (ou criada, se vcoê for o hipócrita social) para ser essa pessoa MA-RA-VI-LHO-SA. Não que eu goste ou concorde, mas é o hábito, a cultura. Ou seja, apesar de não ser congruente com o meu "eu interior, crítico e ríspido", em 99% das vezes eu sou a pessoa que engole o orgulho, esquece todos os contras e cumprimenta, educadamente, o ser insuportável, sempre. No 1% que sobra, eu perco a cabeça, sou grossa e normalmente, me arrependo. Mas isso é outra história.

Dito isso, podemos passar ao que estar me incomodando - não, não é a minha programação super-educada-sempre. São as pessoas que não conseguem, nem ao menos, usar de educação e de gentileza para com as outras. Ok, você não precisa ser o hipócrita social (minha consciência agradece quando eu não o sou), mas respeito, educação e gentileza, são essenciais, né?!?
Passou por uma pessoa, cumprimente. É o mínimo, não precisa sorrir, nem parar para conversar. Apenas diga "olá". Nada de mais, não mata ninguém.

Fingir que pessoas, com as quais você precisa conviver (aqui não importa o motivo, novamente) não existem, é a pior coisa que se pode fazer. Matar socialmente, é suicidar-se socialmente também. Então, um conselho: engula o orgulho, os pré-conceitos, as críticas e todos os contras e apenas seja gentil. Recompensas virão com tempo...

quinta-feira, 2 de abril de 2009

A vida continua, ou seja, a vida muda. Simples assim!

Sabe, eu acho que eu gosto das mudanças...

Mas, ainda assim eu continuo triste.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

As lágrimas não cairam

Eu gosto de chorar, de verdade. Funciona assim: junto às lágrimas, os problemas se vão... ou, pelo menos, se limpam e ficam mais leves, mais fáceis de carregar! Não me lembro qual foi a última vez em que chorei - ou talvez me lembre e não quero assumir que foi a última -, mas faz muito tempo; tanto tempo que eu já deveria ter chorado novamente.

Ficar às sós com meus pensamentos é sempre uma boa forma de chorar. Mas dessa vez, eu fiquei com eles, só com eles e as lágrimas não vieram... Então, ao invés de aproveitar o choro e esquecer os problemas por alguns minutos, eu me envolvi com os problemas. E o que eu descobri? Meus problemas são mais profundos do que eu imagina (e eu os imagina grandes, muito grandes!).

Negação. É assim que começa. Depois passa, não passa?!? Nem sempre. Fazendo as contas, estou negando há muito tempo... Desde que a amiga mudou-se para outra cidade (ela já voltou). Desde que a outra amiga ficou chateada com o que foi dito ao telefone, disse que retornaria mais tarde e não retornou até hoje (são mais de 3 meses). Desde que eu amei a(s) pessoa(s) errada(s). Desde que eu descobri que tinha problemas e fingi que nada acontecia...

Saber dos problemas sempre foi uma qualidade minha... Os problemas sempre foram tão reais e tão claros... Mas resolvê-los?!? Não, eu não sei como fazer isso; nunca soube, na verdade. Bom mesmo são os problemas dos outros... Ajudar a resolvê-los é sempre uma aventura tão legal! Mas eu não gosto de ajuda quanto se trata dos meus problemas.

Agora, resolva a equação: eu tenho problemas + eu não gosto de ajuda para resolvê-los + eu não sei como resolvê-los + eu prefiro negá-los = ?

Vamos lá, você sabe a resposta. Eu sei a resposta... Todos sabem a resposta!